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Se você já está há tempos empreendendo ou no comando de uma empresa, com certeza acompanhou de perto as mudanças mais significativas do mercado em que está inserido. Passou por diversas gerações e pode ver na prática muitas correntes diferentes de modos de gestão aparecerem e desaparecem com os anos.

 

O mesmo aconteceu com as principais estratégias de marketing existentes por aí. Você deve ter acompanhado de perto os escritos de Kotler e visto muitas novas possibilidades surgirem com o tempo, e, ao mesmo tempo, já serem consideradas ultrapassadas. Em um salto de poucos anos, se considerar a velocidade com que os tempos atuais têm passado, vimos o marketing tomar conta do ambiente online e praticamente concentrar todos os seus grandes esforços no espaço virtual.

 

Não se engane, a mídia e as estratégias off-line ainda são de grande importância e alto impacto para as pessoas, porém um ponto crucial separa o mundo online e o deixa mais atrativo como nunca para as marcas: a possibilidade de traçar diversas campanhas ao mesmo tempo, com particularidades próprias e para públicos diferentes.

 

Entretanto, a pluralidade possível com as campanhas de marketing digital não é sinônimo de que elas têm um planejamento fácil e rápido. Muito pelo contrário: tais campanhas precisam ser estudadas, ter objetivos claros, formatos bem pensados e ser muito bem estruturadas para que atinjam os resultados esperados. Do contrário, uma campanha off-line teria o mesmo, ou até melhor, desempenho. Sem desmerecer tal feito, claro.

 

Algumas pequenas dicas são um bom começo para que uma campanha tenha mais chances de ter sucesso na web.  Você pode ver mais no nosso curso de Formação em Marketing Digital, no módulo de Growth Hacking. Confira:

  • Saiba o que quer do seu usuário: você precisa ter muito bem definido qual a ação que espera de retorno do seu usuário. Seja ela uma compra, um download de e-book ou uma captação de lead. Sabendo o que você quer do seu público, é muito mais fácil continuar com o planejamento da campanha, principalmente no que se refere em qual o tom utilizado na voz da marca, no que se pretende falar e, principalmente, qual o formato que será escolhido para impactar os futuros clientes. Se você deseja uma venda, por exemplo, a melhor escolha pode ser uma oferta atrativa de um produto em alta. Se você espera captar leads e e-mails, uma boa opção pode ser ofertar algum material para download em troca do cadastro do e-mail. Mas não esqueça: o material precisa ser relevante, de qualidade e resolver algum problema ou dúvida da sua audiência.

 

  • Escolha o que você quer falar: sabendo o que espera do seu usuário, é hora de escolher o que você vai falar para convencê-lo a dar o retorno esperado para a campanha. Aqui é necessário conhecer muito sobre com quem você está conversando, para saber o que esse público quer ouvir, o que precisa e qual o produto e/ou serviço mais indicado para ele, para que tenha suas dúvidas e problemas resolvidos. Você pode ofertar um infográfico ou fluxograma sobre algum assunto da qual sua empresa saiba muito, por exemplo, se isso for algo que vá gerar a simpatia e envolvimento necessários para que o público opte pela sua empresa na hora de comprar ou contratar. Esse estágio é muito particular, e somente a realidade da sua empresa poderá determinar qual a melhor moeda de troca que a sua empresa pode dar pela atenção dos futuros consumidores.

 

  • Eleja o melhor formato para a campanha: já tendo as informações sobre o que se espera da sua audiência e sobre o que a marca deseja falar pra ela, é necessário eleger qual é o melhor formato para apresentar tudo. Cada formato tem suas especificidades e deve ser trabalhado de acordo com isso, portanto é muito importante analisar bastante o perfil de quem vai receber cada conteúdo para que a campanha tenha a efetividade desejada. Vídeos causam impacto rápido, textos são bastante informativos, e por aí vai. Um formato errado pode, infelizmente, colocar tudo a perder mesmo com um bom conteúdo, e um bom formato também não é capaz de salvar materiais sem qualidade. Para diferentes formatos existem diferentes escolhas em como veicular e monetizar a campanha, então fique atento também nessas escolhas. Não tenha medo de criar ajustes, porém quantos antes eles acontecerem, melhor.

 

  • Segmente muito bem seu público: uma parte muito importante ao planejar e estruturar uma campanha é: segmentar seu público com qualidade. Ou seja: escolher quais as audiências que irão receber o material que está sendo impulsionado ou oferecido. Isso significar estudar muito bem quais as características que serão apontadas como importantes para diferenciar quem recebe ou não os conteúdos produzidos. Você pode escolher fazer isso por localizações geográficas, caso seja dono de uma loja, por exemplo, ou até mesmo escolher gostos de um grupo específico de pessoas para que elas recebam ofertas de serviços especializados para elas. Um Pet Shop, por exemplo, pode segmentar pessoas que curtam páginas relacionadas a pets, animais e e natureza. Assim, fica muito mais fácil ser relevante para o seu público e atingir diretamente quem está mais propenso a contratar ou comprar algo de sua empresa. Mas tenha muito cuidado, uma segmentação mal pensada pode comprometer os resultados esperados e até levar sua marca à pessoas que não desejam ver algo sobre, causando o efeito totalmente inverso e gerando possível antipatia nos impactados. Tenha atenção redobrada nessa etapa.

 

O poder de uma audiência bem segmentada

 

Sim, nós já falamos sobre a segmentação de audiência nesse texto, mas achamos que ela é importante demais para simplesmente parar por aqui. Vamos tentar explicar um pouco melhor o motivo disso.

 

Imagine que as redes sociais são como uma grande multidão no meio de uma cidade em um domingo. Talvez participando de um evento muito interessante. Logo, grande parte dessas pessoas está parcial ou totalmente entretida pelo que acontece nos palcos desse evento, não dando importância para outras coisas que acontecem. Nas redes sociais, como Facebook, Twitter ou Instagram, as postagens de amigos e familiares dos usuários são como as principais atrações do evento. Agora, pense que sua empresa no Facebook seja alguém subindo em um pequeno banco no meio de todo mundo. A competição pela atenção parece desleal, não?

 

Se, em meio a todas as pessoas, você resolver falar algo, algumas vão virar o rosto e ouvir o que você tem a dizer, mas não necessariamente são as pessoas que você precisa que escutem, por exemplo. Outras podem até ouvir por algum tempo e depois ignorar sua mensagem. É o que acontece no ambiente virtual. Muitas vezes a marca aposta em conteúdos que não chega às pessoas certas e/ou não as atinge da melhor forma. E isso é um grande desperdício de tempo, esforço e investimento.

 

Porém, e se, em meio a essa multidão toda, você pudesse selecionar algumas pessoas que viriam para mais perto, já estivesse pré-dispostas a ouvir o que você tem a dizer e estivessem alinhadas com o que você tem a oferecer? Soa muito bom, não é? É o que o trabalho de uma segmentação de qualidade faz. Você passa a ter uma audiência mais qualificada e propensa a consumir o que você tem a oferecer á ela.

 

Voltando aos exemplos usados antes, no texto, por exemplo, conseguimos ter uma ótima ideia de como isso trabalha a favor da marca em uma campanha e para todos os direcionamentos de mídia online e/ou paga.

 

Para uma loja com sede física, uma segmentação geográfica, e com algumas outras opções relacionadas ao perfil dos clientes, faz toda a diferença. Selecionando o raio em torno da localização da empresa, é possível atingir pessoas que moram e trabalham nas imediações, ou mesmo que estejam de passagem. Uma vez que o discurso faça sentido ao público, ele fica muito mais aberto a comprar ou contratar a empresa, e sendo próxima dele, as chances de fechar negócio crescem muito mais. Isso é muito mais palpável que criar uma campanha generalista e que tenha um grande alcance, ou mesmo que tenha todo o Facebook como alvo.

 

Já no caso do Pet Shop, a segmentação através dos gostos do público é muito mais assertiva. Donos de pets costumam pesquisar muito antes de confiar seus bichinhos de estimação a estranhos. Eles precisam ter a certeza que o local é seguro, tem qualidade e oferece tudo o que necessitam, e muitas vezes isso independe da distância que terão que se deslocar para usufruir do serviço. Logo, criar uma campanha com base em gostos comuns desse público consegue fazer com que a audiência certa receba a sua oferta. Afinal, não faz sentido que pessoas que morem sozinhas ou são alérgicas, por exemplo, recebam o material que não é relevante para elas, certo? Um erro nessa segmentação, como falado acima, pode causar, além de uso desnecessário de recursos, o efeito contrário para a imagem da marca.

 

Agora, voltemos para a multidão de que falamos. Imagine se você pudesse ir além da segmentação de trazer algumas pessoas para mais perto. Se você pudesse ter a certeza de que consegue chegar às pessoas que tem ainda mais probabilidade de consumir seus produtos e serviços e, além disso, atuarem como embaixadores e propagadores da marca? Sendo um grupo ainda mais fechado para qual o discurso de sua empresa faria ainda mais sentido e teria um impacto muito maior. Quando vamos para o mundo online podemos chamar isso de “micro audiences”.

 

 

O que são “micro audiences” e como posso utilizar isso pra minha empresa?

As micro audiências seguem o mesmo princípio das “audiências normais”, porém são ainda mais segmentas, exclusivas e selecionadas a partir de critérios ainda mais restritos.

 

Por exemplo: se temos um grupo segmentado de pessoas residentes no bairro Exemplar, na cidade Modelo, que possuem uma renda de X salários mínimos, temos uma audiência segmentada por localização e um dado demográfico. Porém se adicionarmos mais variáveis, como idade, gênero e algum gosto em comum, chegamos a uma micro audiência, composta por um número bem menor de componentes, porém muito mais qualificada e alinhada com o propósito, desejo e oferta da empresa.

 

Com esse grupo bem menor, é possível criar campanhas ainda mais específicas, pontuais e com uma assertividade exponencialmente maior que a vista em um grupo maior.

 

Para melhor explicar isso, alguns usam a analogia de um tiro de “shotgun”. Enquanto ela, em meio a vários alvos, consegue acertar poucos de fato, e ter uma taxa de erro grande, outra arma, com menos balas e menos alvos, consegue ter uma taxa de sucesso muito maior. E o melhor: a taxa de balas perdidas é bem menor. Ou seja: o investimento tem uma taxa de retorno com muito mais sucesso.

 

Como utilizar isso para a minha empresa?

  • Acerte em cheio quem te interessa: com uma micro audiência identificada, o nível de acerto para criar ofertas e promoções cresce, e muito! Você é capaz de atingir as pessoas que estão próximas do seu negócio, que precisam do que você oferece, e consegue também mensurar melhor as conversões. Com uma boa campanha, identificar as pessoas impactadas é mais fácil e, por ser uma audiência qualificada, os gatilhos para criar defensores da marca já estão ajustados, é só dar o tiro.
  • Atinja influenciadores: o marketing atual está tomado por pessoas que influenciam outras. Seja pela música, pela atuação ou até mesmo pelo humor ou estilo de vida. Mas é inegável que pessoas tem se tornado mais propensas a comprar algo se alguém que confiam ou admiram usa. Logo, trabalhar com micro audiências pode ser uma ótima forma de atingir pessoas específicas, muito bem segmentadas, que podem atuar como embaixadores da marca em meio às outras. Colocar o nome da sua empresa nas redes de pessoas com alguma relevância na sua região, ou mesmo no país, pode ser o ponto chave para deslanchar com os negócios. Qual a melhor forma de surpreender alguém do que com uma campanha desenhada especialmente para ela? Escolha o alvo certo e entenda como ele age, assim você será capaz de traçar uma ótima estratégia de impacto.
  • Chame atenção de parceiros: nem só de clientes uma empresa vive. Muitos investidores, parceiros e fornecedores podem ser peças-chave para que o seu negócio tenha melhores resultados. Pensar em campanhas com micro audiências para impactar e envolver esses públicos também pode ser uma boa forma de surpreender e mostrar o seu negócio a quem você quer impressionar. Chegar até algumas pessoas pessoalmente pode ser difícil, mas na internet, com as ferramentas usadas corretamente, você consegue muito mais que apenas um aperto de mão.

 

Em suma, as micro audiências são um passo além da segmentação que conhecemos e praticamos hoje. E, se bem usadas, podem ser um salto na melhora dos resultados da sua empresa. Estudar bem o seu público é a grande dica. Quanto mais você o conhece, melhor pode o encantar e melhor pode atingir quem realmente vai fazer a diferença para você e sua marca.

Fontes:

https://pt.semrush.com/blog/micro-audiences-as-campanhas-mais-eficientes-persuasivas-e-baratas-que-voce-ja-viu/

https://medium.com/@pocketmetaphors/micro-audiences-are-the-key-to-growing-a-macro-audience-4d299bffac89

https://freeeup.com/blog/grow-ecommerce-business/micro-target-online-audiences/

 

 

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